20 de janeiro de 2021

Retrospectiva tardia

 A guia "sobre" continua vazia desde 2015.


Eu pensei que pudesse preencher esse espaço com algo interessante sobre mim ao longo dos anos, mas sempre foi dexado de lado porque as melhores histórias não são contadas no meio do caminho. Mas, mesmo depois de quase seis fucking anos, eu ainda continuo no meio do caminho...buscando por um desfecho onde tudo se encaixa perfeitamente, inclusive eu.


Infelizmente a vida é mais caótica do que uma partida de Tetris.


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Ainda existem inúmeros acontecimentos a serem contados aqui, as coisas vieram acontecendo e foram ignoradas - assim como mensagens, ligações, até sentimentos.


Vivendo em um persongem, até onde a máscara aguenta? Eu não quero desistir da atuação, mas quanto da sua saúde mental você sacrificaria pra não mostrar algo que nem sabe sobre si mesmo? 


Devido a essas e outras questões, faz quase um ano que eu não falo com C. 


Tem uma história muito grande por trás de tudo que eu nunca contei por medo/desconforto. Nos meu flashes de memória tem sangue no chão e a lente do óculos foi estilhaçada com um soco, alguém da rua deve ter chamado aquela viatura. No carro do meu padrasto, eu voltei pra casa gritando, eu não lembro o que extamente. 


Uma sensação caótica de desabafo sobre o pior dia da minha vida. Uma longa história para outra oportunidade. 


Mas por causa dessas e outras merdas que eu segui lutando por um personagem estável, em muitos aspectos, ao invés de lidar com o que quer que seja. (Ou quem quer que eu seja). 


...


Academicamente as coisas subiram de nível. Em uma organização estudantil, relatórios e e-mails de âmbito nacional e Internacional ocupam todo o meu tempo e memória, e todo esse stress não é remunerado. Apesar disso, também consegui realizar algumas publicações no meio científico - o que foi gratificante mesmo sendo meu penúltimo (agora último) ano no curso. Alguns alunos me procuraram durante o semestre, fazer algumas provas e trabalhos me rendeu um pouco dinheiro. 


Já no âmbito pessoal as coisas foram ladeira abaixo. Descuidei do peso e da aparência, assim minha mãe não faz cerimônia em dizer todos os dias o quão estou gorda e embora isso me deixe externamente incomodada o que ela diz é a verdade. 


Saudades de me exercitar todos os dias, agora eu sou um rato de computador - escrevendo, desdenhando e procrastinando.  Não nessa ordem, nem nas mesmas proporções. 


Minha mãe me comprou chá diurético, eu vou aproveitar isso mas eu estou indo devagar porque eu não quero correr e cair...



 eu quero andar e ir mais longe.