17 de outubro de 2019

A marionete da Ana

Vestida, ensinada e assim "cuidada" por aqueles que puxavam minhas cordas. Eu era uma marionete, desde que consigo me lembrar.

Por um tempo, os dias foram ocupados com alguns poucos aplausos dissimulados neste espetáculo, mas estes nunca foram suficiente para preencher a casca vazia da boneca morta e nem o ego daqueles que a controlavam. Então puxaram as corda com mais e mais rigor, dia após dia até que algo estourou sem que percebessem.

Eles continuaram puxando as cordas... mas ainda  não sabem a quem o controle agora pertence.

****

Eu pulo o café da manhã, e as outras porções são maiores porém controladas.

"Não, obrigada" poderia ser meu novo nome.


Só que mesmo assim eu mal posso esperar para ser magra, esses pensamentos não me deixam dormir direito; já que sonho com isso e vivo por isso.


O café com adoçante não é tão bom, mas as 0 Kcal são maravilhosas.

6 comentários:

  1. Somos bonecas despedaçadas, e ninguém nos entende. Café com adoçante tem gosto horrivel mas e necessário.
    Vamos focar AMi.

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  2. Eles nem esperavam que nós poderíamos ser rebeldes mesmo apertando as cordas com mais força...

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  3. É bom ser livre apesar de que liberdade absoluta não seja possível, mas só de poder entender e aceitar ou recusar ou fazer parcialmente e negociar conforme o que faz sentido e seus objetivos já está de bom tamanho. É cansativo ser sempre a pessoa a ter seus desejos atropelados pelos dos outros. Qdo nasce um bebê devia vir com um aviso « Esse serzinho tem desejos próprios ok? Não é um mero depositário de suas expectativas e projeções e não é sua propriedade »

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    Respostas
    1. Às vezes as pessoas tratam as outras mais como objeto do que como ser...

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