Eat me, alice

Não quero falar sobre o Natal, dizer que o peso continua o mesmo basta e me reconforta. Não é como se eu fosse mais que isso; conjunto de números. O peso. As medidas. As notas. O dinheiro.

Parar com os remédios me fez parar de engordar. Colocar a meta acima do bem estar/saúde não é algo novo; embora eu pense sobre isso todos os dias, e, em todos eles a Ana vença. Personificação da vaidade? Manifestação dos problemas mentais?

Eu não sei.
Eu quero.

◇◇◇

Dezenove anos, e a cada ano que se passa é  como se eu fosse cada vez menor. Não em números, mas pequena de verdade - indefesa e incapaz.

Normal low eat day

Cinquenta e nove jamais foi um número aceitável, porém me sinto bem por perder um pouco de peso. A casa dos sessenta estava me enlouquecendo, então tive que ser igualmente insana para conseguir me afastar - mesmo que um pouco - deste terrível número.

Amanhã eu espero por um número menor.
Sempre menor.

Kill me Ana, please

60,0. Sessenta. soixante. seksti.

Com alguns gramas a menos eu poderia estar em cinquenta e nove. Mas não hoje. Talvez amanhã.

Jantar miado e outros pequenos esforços que me empurram para longe dos números gordos, embora lentamente - em passos vagarosos demais pra ansiedade frenética.

Quero voltar ao exercício, ginástica compulsiva e models workouts que me paralisam de tanta cãibra. Um corpo cansado demais pra uma mente inquieta é horrível.

LonelyheartsClub

Escrevo mentalmente todas as noites antes de dormir mas todas as palavras que deveriam estar aqui se perdem no escuro da minha mente, então eu sonho - sonhos ruins.
 Costumava estar perdida na onda de isolamento durante à tarde até a noite. Eu não queria sair e ninguém queria entrar.

My heat beat so fast

Não ter engordado significa que meu autocontrole ainda existe, mas não significa que seja o auge disto. Finalmente acabar o semestre de aulas me possibilitou todos esses dias de controle, mas se amanhã(quando for me pesar) nada houver mudado.... eu irei surtar. Muito. Mesmo.

Acho que já estou. 

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 É uma tortura.

 Ao olhar no espelho não reconheço, às vezes se parece com alguém de verdade; cabelo arrumado junto a roupas meramente aceitáveis que enfeitam as expressões falsas desenhadas no papel daquela garota.

Já outras vezes... olhar para aquilo me deixa muito mal. De verdade. 

Então eu me torturo outra vez, olhando de novo. Na tentativa de retirar forças que me mantém no caminho "certo".

Então eu me torturo outra vez.

E outra vez. 

E outra. 

Sad and thin

 Não contar calorias é como negar uma parte de mim mesma, a parte mais mais importante do meu ser. Então volto a reduzir me à números para que enfim possa reduzir os própios números que me compõem.

Fingindo ser alguém "normal" e agindo como se fosse superior aos meus próprios demônios alimentares não me fez feliz. Me fez gorda. A culpa continuava a consumir até a última das minha entranhas todas as noites, agonizando quase da mesma forma que Προμηθέας.

O branco imaculado que contrastava com o azul Royal numa mistura etérea em pequenas cápsulas já não ajudava da mesma forma que antes. 60mg de magia que afastavam todos os monstros tristes começaram a me aproximar da comida e seu sabores perigosos.

 Eu sempre preferi ser triste e magra mesmo.

 Cápsulas intocadas repousam na minha escrivaninha fazem dias, enquanto ondas de tristeza me atingem gradualmente.

Perfeitamente suportável uma vez que a tristeza é parte de mim.

***

Estive miando esses dias. Havia esquecido da dor de garganta e da rouquidão.

Dizem que os fins justificam os meios.

I have to be Better than myself

 O gosto amargo do café desce pela minha garganta e aquece toda a minha dor interior, eu sinto saudade das noites frias e silenciosas. Ultimamente tenho dormido mais e curiosamente acordado mais cansada. Me questiono onde toda aquela insônia foi parar. Em meados de 2016 eu não costumava comer ou dormir e mesmo assim me sentia melhor.

Madrugadas ao som de Arctic Monkeys, Tame impala, Beach house, the cure ou qualquer música indie nos cantos empoeirados da internet... pensar sobre essas noites me faz sentir falta, embora eu deseje jamais voltar ao passado.

****
  Simplesmente é impossível olhar no espelho sem sofrer com o fracasso no padrão imaginário que eu mesma criei para mim.  A auto-piedade nunca foi meu forte, assim eu sigo em frente no belo jardim da Ana, cheio de rosas mas com inúmeros espinhos que me machucam.

Não consigo saber se é a fome ou o café que faz meu estômago doer tanto.

Bad at the end

  Talvez as coisas ruins não houvessem acontecido se eu me alimentasse, mas, toda a neura com a comida me massacrou e a manhã inteira de sexta(18) acabei na maca da enfermaria.

***Não comer e beber é um plano ruim, então talvez eu deva continuar sem comer e esquecer o álcool. ***

Aquele final de semana foi com M já que a vergonha me impedia de voltar para casa e encarar a meus pais supercontroladores fora de controle. O retorno aconteceu na segunda mas isso não impediu que todos estivessem putos comigo, até agora. Dane -se.

Todo o resto da semana foi de certa forma tolerável embora eu ainda seja uma bola gorda com 59 kg, então eu só chorei e decidi me matar de fome.

Ontem eu fui a um evento, ganhei um sorteio e vários brindes. Recebi um convite muito especial para participar de um projeto e tudo foi da melhor forma possível, porém ainda é impossivel entender o motivo do vazio que me cercava pelos silêncios entre momentos.

Meus fones estão quebrados e agora não há mais um escape. ***droga***

Apesar de tudo isso não me sinto triste.
Eu sinto apenas o nada.

×*×*×*×*×

Tenho planos em abrir uma conta poupança em algum banco e ajeitar tudo para ir embora logo, mas assuntos burocráticos me confundem tanto.
Eu aceito qualquer conselho sobre ♡

A marionete da Ana

Vestida, ensinada e assim "cuidada" por aqueles que puxavam minhas cordas. Eu era uma marionete, desde que consigo me lembrar.

Por um tempo, os dias foram ocupados com alguns poucos aplausos dissimulados neste espetáculo, mas estes nunca foram suficiente para preencher a casca vazia da boneca morta e nem o ego daqueles que a controlavam. Então puxaram as corda com mais e mais rigor, dia após dia até que algo estourou sem que percebessem.

Eles continuaram puxando as cordas... mas ainda  não sabem a quem o controle agora pertence.

****

Eu pulo o café da manhã, e as outras porções são maiores porém controladas.

"Não, obrigada" poderia ser meu novo nome.


Só que mesmo assim eu mal posso esperar para ser magra, esses pensamentos não me deixam dormir direito; já que sonho com isso e vivo por isso.


O café com adoçante não é tão bom, mas as 0 Kcal são maravilhosas.

Nowadays

 Ele olha em meus olhos e diz que me acha bonita, mas, quando observo o espelho não consigo deixar de perceber aquela garota. A mesma de anos atrás, com um corpo tão grande quanto a própria timidez. Ela nunca terá paz assim como eu também não terei, a menos que...

 Emagrecer continua sendo minha mortífera obsessão de vida. Mas os trocados que consegui foram gastos em álcool já que o agora é um período extremamente decadente para mim assim como eu mesma sou. Eles sempre pedem meu documento pois pareço nova demais, e talvez eu seja mesmo... tanto para o álcool quanto para todo o sofrimento. Mas de nenhum deles consigo poupar-me.

E a culpa é somente minha, faço isso comigo mesma todas as vezes em que como. Tomar o controle de si mesma nunca é fácil, mas vamos a um passo de cada vez; assim como todas as borboletas que atingiram as próprias metas e são exemplos de morte e perfeição. 

Eu vou ser essa garota. 

All for me, All for Ana

Às vezes as lágrimas ficaram pesadas demais para segurar, e eu corro para uma sala vazia qualquer. "Vida" pessoal e acadêmica me desgatam cada dia mais, mas continuo sorrindo enquanto beiro a insanidade. Provas e provas quando tudo o que eu queria estar fazendo é satisfazer minhas frustações observando corpos mortos e esquelético de thinspirations.Talvez as coisas melhorem quando eu puder encontrar tudo isso no meu próprio reflexo.

Não é possível comprar franol desde que pararam de me dar "mesada". Então eu estou fazendo os trabalhos acadêmicos dos outros em troca de dinheiro, talvez daqui um tempo dê pra comprar umas duas caixas - ou uma garrafa de Vodka. O efeito rebote ainda me amedronta, mas dane -se. Eu vou ser magra de um jeito ou de outro.

E espero que vocês também borboletas ♡

I'm Nice and you don't care

Me sento em uma mesa vazia do refeitório. Todas as vozes e corpos que preenchem o lugar não poderiam me  fazer mais solitária. Não quero voltar pra casa, mas eu também não quero estar aqui. Os lugares vazios ao meu redor são ocupados por fantasmas tristes, daquele tipo que só existem na minha cabeça. E eu sinto que estes são os únicos amigos, os únicos que realmente nunca vão embora.

Control yourself

Meio quilo se foi em um dia de controle. Um pequeno passo que me inunda de satisfação, por algum motivo eu soube que daria certo desde o começo do dia.

Não se trata de fingir, mas de realmente sentir e ser outra pessoa. Mudança em comportamentos e maneiras que atrapalham objetivos. Auto destruição de um "eu" fraco para que a perfeição pudesse renascer mais uma vez é uma arte.

Am I under control?

Autocontrole é realmente difícil, mas hoje é um dia no qual acordei disposta. Seguir instintos e necessidades de modo cego não fazem nada mais do que transformar me em um monstro, e eu não sou isso. Não esse tipo de monstro. 

Várias partes de uma garota quebrada criam diferentes personalidades para mim, e hoje, eu sou a pior delas. Vaidade disfarçada de bondade e morte com cheiro de margaridas.

Costumava estar aqui, quando este lugar vestia preto e as dietas se completavam. Sorrindo e sangrando até tudo volte a dar certo...

Do I need it?

Me pego pensando se sou eu que consumo os remédios ou se são eles  que estão me engolindo por inteira. M me diz que pareço mais amorosa e feliz. Mas essa garota não existe. Sinto muito se você se apaixonou por 60mg Prozac.
 O que eu sou na verdade são 55 kg de melancolia.

Dezesseis.

A gordura é suja e paira sobre mim como um parasita. Seria possível enxergar o quão bela sou se pudessem ver através das grossas camadas de gordura, mas não. Talvez nem eu mesma me reconheça de fato, é uma identidade esquecida entre "pequenos lanches" e sonhos fracassados que crescem gradualmente.
 Não seria possível esquecer. Há um corpo doente, uma mente doente e uma alma doente que me impedem de sentir paz enquanto não houverem números mais baixos.

Um IMC de 16 e uma bela e melancólica quase morte.

I am on the way

Este lugar empoeirado será - sem dúvida - meu lar para toda a eternidade.
Palavras gritadas em minha mente são escritas de maneira silenciosa e transformadas em textos poéticos.
Tudo segue...  num loop infinito.


Cápsulas me transformam em garotas diferentes, inúmeras máscaras conflitantes numa tentativa de dormir durante a noite. Espinhos de rosas em minha alma, um sorriso masoquista em meus lábios. Quando nada está certo por dentro, eu olho pra fora. Preciso ser magra

Stay

As borboletas vem e vão a todo instante...

Todos aqueles, que nos jogaram em um poço de vergonha e isolamento, sinto muito em decepcionar. Eu fiz meu reinado na dor dos cortes com espinhos de rosas e um jeans 36. Há muito mais beleza nas minhas lágrimas do que em qualquer língua afiada que um dia dilacerou meu coração.

Nesse jardim de caos, as borboletas vem e vão a todo instante. Eu me recrio mais pura a cada minuto...
Pois tudo o que é belo vem somente dor.

♡

O dia em que quis morrer...

Eu escrevo bem quando tudo vai mal, no tédio do aborrecimento palavras transbordam dos meus pensamentos raivosos.
Choro em palavras, pálpebras secas e alma vazia.

A linha tênue que divide a alegria da tristeza é o limbo do vazio. Esses sentimentos mortos me dão vontade de matar este corpo fraco e estúpido.

Ao menos a boca está sob controle. Ela Não come todas as calorias que deveria e também não fala certas coisas que gostaria, porque qualquer um dos dois resultaria numa catástrofe.

Me escondo na falsa serenidade.
Não há motivos.

É apenas mais um dia em que acordei querendo morrer.

Sempre Ana

 No doloroso processo da fome eu me perdi, mas não sei onde ao certo. Talvez em tudo o que chorei; tudo o que cortei; tudo o que vomitei ou em todos os remédios que usei. Nas inúmeras situações que pouco importam agora, eram apenas partes de um "eu" quebrado...

Numa tentativa desesperada de diminuir tudo o que era enorme, acabei me reduzindo inteiramente a números.

Lentamente, em números cada vez menores.

E continuará, até que a dor não possa jamais me encontrar.

I say alone we stand, together we fall apart

 Ele me olha e pegunta se estou comendo, pareço mais magra. Atribuo isso às roupas pretas que uso na ocasião, ele diz que não é apenas meu corpo mas meu rosto também. 

 Eu apenas sorrio de um jeito desconcertado. 

*♡*...*☆*...*♡*...*☆*...*♡*...*☆*

Sempre houve certa dificuldade em jogar o que se quebrava fora. Eu sempre gostei de juntar pedaços e tentar consertar, mesmo que não funcionasse sempre. Durante a minha vida isso gerou um acúmulo de coisas. Brinquedos quebrados, eletrônicos quebrados e até... pessoas quebradas. 

Embora eu estime muito a companhia e amizade de C, algumas coisas saíram do controle. Eu não quero que ele tenha tanto efeito sobre mim; eu não quero perder o controle; eu não quero me quebrar novamente para consertá-lo. 

Talvez seja preciso me afastar de algumas pessoas para que nada de ruim ocorra comigo novamente. Me sinto egoísta, embora eu realmente não possa mais fazer isso. 

Mas no final, algumas coisas deram certo. Outras continuam em progresso.

Em quatro de cinco provas, eu passei. Tudo por um fio. Isso resulta num próximo semestre da Faculdade para mim; com provas e trabalhos massacrantes. Com intrigas e pessoas falsas. Eu não sei se é bom, mas é o que eu tenho. 

♡*...*☆*...*♡*...*☆*...*♡*...*☆

Em algumas semanas de controle, pessoas reparam embora eu ainda não tenha deixado  de ser tão enorme e nojenta. 

A fome dói. Pressiono meu estômago com as mãos, me contorço algumas vezes. A dor me faz mais forte, cada minuto que se passa me faz mais forte. Hoje meu dia se encerra com 343 calorias e alguns copos de café sem açúcar. 

Stay Strong ♡

Chemicals

           

Pego os livros e cadernos, me escondo no meio de um milhão de folhas bagunçadas. Presa no entulho da faculdade; são 5 exames e a obrigatoriedade de passar em 4, para que ainda possa manter minha bolsa. 

Como se não bastasse olhares de superioridade de certas pessoas, também há os de decepção dos meus pais. Desacreditados.

Mas ficar a maior parte do dia no quarto não é algo ruim. Portas fechadas me dão alguma privacidade necessária para que possa me concentrar assim como alguns comprimidos de ritalina também o fazem.

Às vezes vem até mim um pensamento sobre quanta privacidade um caixão selado poderá me proporcionar. É doentio, assim como as belas coroas de flores em enterros. Não é um mistério que as amo, flores. Tanto de plástico quanto as vivas, pois no mundo em que vivemos apenas a beleza importa. 

Padrões mudam ao passar dos anos, mas não sou tão mutável. Por isso ainda amo ossos, embora infelizmente continue a mesma...

"comer bem para estudar bem."

É uma mentira frase a qual me apego na esperança de passar nas provas. Almejo um curso superior, para melhores oportunidades profissionais. Assim eu estarei vestida em Gucci, sem pouco importar se estou quebrada por dentro.

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Espero fazer uma visita aos blogs em breve, embora seja difícil pois meus celular está quebrado e um computador compartilhado não é seguro. Visto também a minha dificuldade para postar, espero que me perdoem.

Amo todas vocês ♡

Perfeitamente intocável

Puxo toda quantidade de ar que meus pulmões podem acumular, isso me faz parecer mais magra. Solto lentamente, voltando para realidade dos 55 kg, peso ao qual retornei através do meu incrível poder de estragar tudo. Tanta gordura me deixa enjoada, vomitaria - se houvesse comido qualquer coisa esta manhã.
Conciliar a dieta e o "viver" é uma tarefa árdua. Eles não entendem minha vontade de desaparecer.
Meu amigo C. é um garoto interrompido agora, está internado em uma clínica  psiquiátrica sem contato algum com o mundo exterior. Uma outra amiga está trancando o curso. Meu grupo para trabalhos acadêmicos desmoronou assim como um castelo de areia desmorona sob as ondas do mar. A maré me atinge com força, uma borboleta não consegue voar de asas molhadas. Faço tudo sozinha e minhas notas são uma desgraça.

Estive aguentando "viver" sob a utilização de  Fármacos ilícitos cuja as tarjas são pretas. Um preto escuro como em minhas noites bem dormidas, sem sonhos, apenas a deliciosa sedação. Agora que descobriram, quase tudo se foi e a ansiedade me devora por completo.
Terei de voltar ao psiquiatra, meu namorado me levará ao culto de uma igreja evangélica... tudo isso por uma não internação forçada.

Posto fotos em uma rede social pessoal como se tudo fosse perfeito. Brilho e sorrisos. Já utilizo por tanto tempo esta máscara...Porém, no fim do dia, meu vazio interior só pode ser preenchido com a realização  desejo de ser demasiadamente magra. Esqueça a maldita comida.

Meu verdadeiro desejo é ser tão magra a ponto que tenham medo de me quebrar a qualquer toque. É o que quero ser...

Intocável e Perfeita.

Sozinha ao redor de pessoas

Éramos nada. Apenas estranhos, em uma rápida troca de olhares numa rua qualquer. Você jamais perceberia meus hábitos excêntricos escondidos sob minha aparência comum. Assim, segundos depois, meu rosto genérico já havia sido esquecido.

Éramos nada outra vez.

E outra;

E outra;

E outra;

Vez.

We never learn

Meus anos foram apagados em um estalar de dedos. Não é como se eu ensinassem garotinhas o melhor jeito de enfiar os dedos garganta, assim como me ensinaram. 

Meus escritos nunca foram manuais, eles eram apenas diários de dor e delírio.

Talvez isso seja uma prova de que não exista espaço para nada além da felicidade, pouco importando se for real ou não.

Mas nunca aprendo. Irei continuar melancólica em meu batom vermelho e no menor número possível em que meu corpo couber. Afinal, ainda sou uma Ana, que não aceita nada menos que perfeição...

Doce, mortífera e melancólica perfeição.